Vamos lá
vou dizer de coisas que me saltaram aos olhos nesse último ensaio dia 05 de maio. Coisas que apontam uma possibilidade de encenação e coisas que tenho sentido falta.
vislumbrei nesse último encontro a possibilidade real de nessa encenação as quatro atrizes estarem não só revezando personagens como também vestindo diversos personagens. Por vezes situações específicas nos coloca em contato com certos tipos, com certas construções de personagens que pode se tornar interessante. Exemplifico o meu dizer com algumas cenas como: eu e Carolê representando as "velhas contrabandistas" sentadas ao redor da mesa; o momento em que Adassa virou um bêbê enquanto as outras três a mimavam; o momento em que Fabíola e e Ada se arrastavam no chão repetindo as palavras meias e botas. vislumbro quase como um intrateatro onde seremos os personagens de Beckett brincando de ser outros personagens.
e por vezes brincar de ser a atriz mesmo, brincar de ser Flávia mesmo (metalinguagem)
uma esquizofrênia boa, boa mesmo porque divertida.
No momento sinto falta de um pouco mais de calma durante as improvisações, como se pudessemos permitir que o vazio total e/ou o silêncio total aconteça. é importante passarmos também por esse lugar, do nada, do nada a fazer, do literalmente nada a fazer. Mas o que acontece é que estamos sempre fazendo alguma coisa para dar a impressão que existimos. Vou me atentar para isso, eu preciso de mais calma e principalmente de inserir nas minhas improvisações o PdD.
objetos e cenas que ficaram para mim:
gravata
meias
objetos fálicos
camisinha
momento da reza do padre
exorcização da Fabíola
telefone celular
Frida Kallo
bigode da Frida Kallo
catatonia do Lucky