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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Após terceira temporada na Cia. dos Atores, em junho deste ano, o Teatro Inominável retorna com VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA na [ mostra hífen de pesquisa-cena ]


O Teatro Inominável retorna aos palcos cariocas com VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA (2010), segundo espetáculo da companhia carioca criada em 2008. Em cena, as atrizes da companhia (Adassa Martins, Caroline Helena, Flávia Naves e Natássia Vello) se juntam ao diretor (Diogo Liberano) para tentar, sem sucesso, encenar a obra “Esperando Godot” de Samuel Beckett. Após terceira temporada em junho deste ano na Cia. dos Atores, a companhia agora se apresenta na [mostra hífen de pesquisa-cena], que ocupa a Galeria Marcantonio Vilaça de agosto a setembro deste ano, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto.

Fotografia de Thaís Grechi

Iniciado em outubro de 2009, o processo travou um longo embate com a peça do dramaturgo irlandês para redescobrir, se possível, o seu valor que faz décadas é tão divulgado. Em “Esperando Godot”, o dramaturgo falecido em 1989 apresenta dois mendigos à espera de Godot, que parece ter em mãos a salvação mais imediata dos pobres homens. Nesta obra marcante do pós-guerra, Beckett faz um retrato da condição humana marcado pela angústia de estar vivo, apresentando um vazio existencial que ainda hoje encontra eco no homem contemporâneo.

Em MIRANDA, porém, tal angústia existencial encontrou seu contraponto mais sincero na angústia criacional das atrizes e do dramaturgo/diretor. O teatro foi o instrumento escolhido para que os artistas pudessem se relacionar com o mundo de hoje e com as suas questões mais imediatas. MIRANDA, dessa forma, é uma tentativa de tirar proveito do vazio, buscando sinalizar sua existência enquanto parte constituinte de todo e qualquer ser. Assim, por meio de uma sucessão de jogos com a linguagem e com a sua falência, as atrizes tentam cenas que não se montam de fato, visto que faz parte da peça ser incompletude.

Destaque no site da Cia. dos Atores

O espetáculo nasceu como projeto curricular na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – em 2010 e cumpriu três temporadas de sucesso: a primeira em setembro de 2010, na Ocupação Câmbio do Teatro Estadual Glaucio Gill; e a segunda em dezembro do mesmo ano, na Rampa, Lugar de Criação; e, em junho deste ano, terceira temporada a convite da Cia. dos Atores. Nas palavras do dramaturgo/diretor, MIRANDA acabou virando um estudo sobre o erro e sobre a tentativa, sobre o nosso desespero por saciedade e a nossa dificuldade em lidar com todo e qualquer tipo de falta.

Sobre o dramaturgo e diretor
Diogo Liberano é graduado em Artes Cênicas: Direção Teatral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2010 é curador universitário na ocupação Câmbio do Teatro Estadual Glaucio Gill (indicada na categoria especial do Prêmio APTR/RJ em 2010). É fundador, dramaturgo e diretor artístico do Teatro Inominável desde 2008. Em 2011, co-dirigiu Cesar Augusto e Susana Ribeiro em AUTOPEÇAS 2: PEÇAS DE ENCAIXAR, projeto da Cia dos Atores. Em 2012, realiza a assistência de direção de João Fonseca no espetáculo NÃO SOBRE ROUXINÓIS, texto de Tennessee Williams inédito no Brasil. E, a convite dos diretores artísticos do Projeto ENTRE do Espaço Sérgio Porto, faz a curadoria da [ mostra hífen de pesquisa-cena ], de agosto a setembro de 2012.

Sobre o Teatro Inominável
Criado em 2008 no Rio de Janeiro pelo encontro de Adassa Martins + Caroline Helena + Diogo Liberano + Flávia Naves + Natássia Vello. No currículo, os espetáculos NÃO DOIS (2009), da obra PASO DE DOS do dramaturgo Eduardo Pavlovsky; VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA (2010), da obra ESPERANDO GODOT de Samuel Beckett; COMO CALVAGAR UM DRAGÃO (2011), dramaturgia original de Diogo Liberano como estreia no TEMPO_FESTIVAL das Artes; e SINFONIA SONHO (2012), dramaturgia de Diogo Liberano, em circuito por festivais de teatro em todo o Brasil. A cada novo trabalho, a companhia segue investindo naquilo que parece ser a sua assinatura: a busca pelo encontro com a cidade do Rio de Janeiro por meio de uma obra artística.

Sinopse
VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA de Diogo Liberano. Comitragédia. Quatro atrizes e um diretor tentam encenar a obra “Esperando Godot” de Samuel Beckett, sem sucesso. Com Adassa Martins, Caroline Helena, Flávia Naves e Natássia Vello. Dir. Diogo Liberano. (60min). Classificação Indicativa 16 anos.

Serviço
VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA
Curtíssima temporada na [ mostra hífen de pesquisa-cena ]
Quando: de 07 a 16 de setembro de 2012 (sextas e sábados 19h – domingos 18h)
Onde: Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto (Rua do Humaitá, 163 – Rio de Janeiro/RJ – Fone: 2266-0896)
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) | Classificação indicativa: 16 anos
Gênero: Comitragédia | Duração: 60 minutos | Lotação: 50 lugares


Equipe de Criação
Direção e dramaturgia: Diogo Liberano
Elenco: Adassa Martins, Caroline Helena, Flávia Naves e Natássia Vello
Assistência de direção: Thaís Barros
Cenário: Rafael Medeiros
Figurinos e visagismo: Adassa Martins e Natássia Vello
Iluminação: Diogo Liberano e Flávia Naves
Direção musical: Philippe Baptiste
Preparação vocal: Verônica Machado
Registro audiovisual e fotográfico: Pedro Bento e Thaís Grechi
Design: Diogo Liberano
Marketing cultural: Davi Palmeira
Direção de produção: Caroline Helena e Diogo Liberano
Realização: Teatro Inominável e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Para saber mais sobre o espetáculo, acesse o blog:
[ http://desesperandogodot.blogspot.com.br/ ]

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