( ou ensaio 30/05)
Na montagem consigo ver duas estruturas. A que abriga a espontaneidade, o acaso, o inesperado e a que impera a própria estrutura beckettiana.
O mote (pra mim) é o entremeio: a possibilidade de sair de uma estrutura bastante definida ( da espacialidade, temporalidade, etc) junto com a necessidade de voltar para esta. Isso faz com que a disposição seja mais concreta e talvez mais complexa, o fato é que temos aquilo que sustenta e aquilo que está suspenso ( duas estruturas com o mesmo peso e com a mesma medida) .
Didi e Gogô estão representando essa peça já faz tempo, estão presos a uma estrutura determinada, sabem tudo de có e salteado enquanto Flávia, Fabíola, Carolê e Adassa estão presas a uma estrutura de boicote. Tanto as atrizes como a encenação boicotam-se, inserindo o desgaste por outra via.