Sala Paraíso – 18/06/2010 – 13h/17h.
Diogo, Carolline, Flávia, Adassa e Fabíola.
Acho que foi esse o ensaio que deu pane no sistema. Porque saímos dele sem ter conseguido efetivar o objetivo do ensaio, que era o de levantar o terceiro movimento. Confesso, perto dos outros, esse era mesmo impossível. Mas tentamos fazê-lo, de fato. Na primeira tentativa as meninas começavam comendo e a cada atriz eu dei um mote para ser perseguido durante aquela tentativa. À Flávia, pedi que negasse com o corpo tudo o que a sua fala afirmava. Pedi à Fabíola que começasse a se expressar por sinais, usando as mãos. Pedi à Ada que sinalizasse tudo que precisasse ser identificado. E à Caroll, foi pedido que matasse pernilongos que sequer existiam. Depois de algumas improvisações, fechei uma marcação que as meninas estavam fazendo super tranquilas. Havíamos feito um pouco de raia, eu acho, e isso faz toda a diferença.
Para a segunda tentativa, solicitei o seguinte: a) que fosse encenada o roubo das botas; b) que estragon e vladimir terminassem a cena sem suas botas; c) que adassa jogasse o jogo ANAGRAMAR; d) que flávia investisse na pregação; e) que caroll investisse na literalidade. Não pedi nada à Fabíola. Talvez, hoje analisando, isso já fosse um sinal de esgotamento em relação à proposta. Mas seguimos, tentando.
Saímos do ensaio sem ter levantado a terceira tentativa. Eu estava muito hipoglicêmico. Foi esquisito. Porque as cenas foram se fechando e eram coisas realmente absurdas, mas que com uma quantidade específica de repetições, ganhavam outro sentido. Que medo. Pensei, podemos dar sentido a qualquer coisa. Mas não sei se qualquer coisa merece ter algum sentido.
O ensaio seguinte veio, de qualquer forma…