Teatro Gláucio Gill – 16/06/2010 – 13h/17h.
Diogo, Carolline, Flávia, Adassa e Fabíola.
Esse ensaio também foi incrível. Na noite anterior, eu tinha estudado sobre Meyerhold para um trabalho da faculdade e num dado momento da leitura, encontrei escrito algo como a desarmonia entre os criadores, uma percepção de Meyerhold de que a tal obra de arte total do Wagner não poderia nunca existir. Mais que isso, era justamente o divergente que era rico. Na hora, ao ler, eu pude ver com clareza o segundo movimento que trabalhei neste ensaio. Ele começou com a desarmonia entre elas. Optei então por usar o jogo que construímos, a fala perdida. Usá-lo para revelar a multiplicidade de interlocutores e possibilidades. A primeira tentativa do segundo movimento virou uma leitura da cena que era um tiroteio, cada uma se dirigindo a outra que respondia a outra que era solicitada por outra impedindo que se estabelecesse algo mais concreto e duradouro. Foi legal.
Para a segunda tentativa, estava certo que precisava resgatar o ruído provocado pelo porco que quebrou num ensaio anterior. E foi isso que fizemos. Percebemos, ao improvisar várias vezes, que haveria uma cena para ser feita que foi interrompida pelo porco que se espatifara – acidentalmente – e atrapalhara toda a continuidade.
Estou escrevendo isso duas semanas depois e nada disso sobreviveu. Que loucura. Estamos tentando, ainda.