"Nenhuma história aparente. Nada é dito. Tudo está para ser construído. O sentido de Grande Vidro está na busca do sentido. Mas isto não significa que falta sentido à obra. Ela é uma espera pelo olhar que a habitará e que completa-se com a imagem do espectador. Mesmo que o sentido seja, simplesmente, olharmo-nos a olhar através de uma imagem incompreensível". (P.66/67)
A CENA, A PLATÉIA...
DOIS UNIVERSOS, MUITOS SENTIDOS
Por Antonio Guedes
Artigo publicado na revista FOLHETIM nº 1 em ABRIL de 1998.
A noiva despida pelos seus celibatários, mesmo ou O grande vidro de Marcel Duchamp (1887-1955). Poderíamos fazer uma troca e ler da seguinte maneira:
"Nenhuma história aparente. Nada é dito. Tudo está para ser construído. O sentido de Esperando Godot está na busca do sentido. Mas isto não significa que falta sentido à obra. Ela é uma espera pelo olhar que a habitará e que completa-se com a imagem do espectador. Mesmo que o sentido seja, simplesmente, olharmo-nos a olhar através de uma imagem incompreensível".