Elas volta a se desculpar, afinal de conta – elas têm razão – o primeiro passo é o mais difícil. Resolvem então começar de qualquer parte. Vladimir propõe uma cavalgada até os Pirineus e leva Pozzo com ele. Enquanto isso, Lucky insiste numa apatia incompreensível. Só quebrada pela proposta de Estragon em tentar a morte, tentar se enforcar. (Estragon propõe isso ao ver que Vladimir o substituiu por Pozzo). E vão rumo ao enforcamento, mas descobrem outra coisa no meio desse caminho: Estragon reitera que sempre teve vontade de conhecer os Pirineus e que por isso não se permitirá morrer. E Lucky descobre uma maneira de se ter uma ereção, ou seja, de tirar um certo gozo a partir dessa árida situação (leia-se: encenação).
Pozzo e Vladimir se divertem nos Pirineus e não conseguem convencer Lucky a entrar no jogo. Quando finalmente Vladimir se aproxima de Estragon, já é tarde, pois Lucky e Pozzo começam a brigar e enterram a possibilidade de continuar a brincadeira da cavalgada aos Pirineus. Brigam. Didi e Gogô surgerem outra possibilidade – menos violenta – para o texto mote da briga. Lucky acaba com tudo, trazendo um possível Godot para o meio da cena e acabando com a espera. Lucky sai e deixa Vladimir perdido, expõe as atrizes em sua busca, em seu lugar de suplicantes. DIVERTIREM-SE COM O JOGO DOS HOMENS RUMO AOS PIRINEUS. LUCKY PRECISA DESCOBRIR O MOTIVO DE SUA APATIA, ESTRAGON PRECISA TENTAR ENTRAR NO JOGO. EXPOR A TENTATIVA DE SE ENFORCAR E EXPOR – AINDA MAIS – O QUE OS DESVIA DESSE DESTINO. EXPOR O JOGO DAS QUATRO SENDO CONSTANTEMENTE AMEAÇADAS POR UMA AÇÃO INDIVIDUAL. ESTÃO CONECTADAS. LUCKY PRECISA ESTAR NO PDD PARA PROPOR SUA SAÍDA COM O CACHORRO GODOT. TEMOS QUE VER ISSO ACONTECENDO. O MOMENTO DO SUPLICANTE É APENAS UMA EXPOSIÇÃO VERBAL DO QUE JÁ SE EVIDENCIA EM CENA. VLADIMIR QUER APENAS OUVIR SUA DEIXA CORRETA, QUE É: O NOSSO PAPEL NISSO TUDO É O DE SUPLICANTES.