Sala Paraíso – 01/07/2010 – 13h/18h.
Diogo, Carolline, Flávia, Adassa e Fabíola.
Neste ensaio Vladimir e Estragon, não se sabe porque, chegaram juntos e atrasados. Então, eu, Lucky e Pozzo discutimos bastante sobre essa relação, essa dependência afetiva e metalinguística, já que as duas atrizes só estavam juntas porque seus personagens deveriam estar juntos.
Fizemos um passadão da primeira à quinta tentativa e a Fabíola teve que sair mais cedo, deixando-me apenas com Didi, Gogô e Pozzo. Conversamos muitas coisas, sobretudo amenidades, e só depois resolvemos tocar na sexta tentativa, aquela em que cada atriz tinha seu personagens distribuído e suas falas específicas. Ada falou assim, eu anotei: “Eu imaginei que isso seria fácil”. Ela estava dizendo sobre as cenas em que obecedemos as lógicas dos personagens. É vero, eu também achei. E nos fudemos, porque é muito mais difícil.
Fizemos um jogo que propûs e que acabou virando a cena, nos ensaios seguintes. As atrizes vivendo as personagens, sem muletas, sem frescuras, se esforçando por mirar e atingir a outra, um tiroteio, escuta aberta, sobriedade, sem show, coisa seca e seca. A atmosfera abaixou, disse a elas. Tive a sensação que o pé direito diminuíra e que tudo estava mais comprimido. Enfim… E ainda tinha o tal “repete”, que eu dizia sempre que julgava necessário.
Ao término do ensaio, chegamos à seguinte construção:
cada TENTATIVA termina com um BOICOTE à EXPANSÃO que perfurou o LIMITE e instaurou o ERRO, revelando o AGORA.