Miranda, que preguiça...nada disso, nada de preguiça vou dizer, vou falar, aqui estou eu, não estou mais, aqui estou eu, não estou mais, aqui estou eu..pronto fiquei, aqui estou eu, vou dizer, Miranda preste atenção, vai sair num grito senão não sai mais então escute: É DIFÍCIL EXISTIR MIRANDA MAS AQUI ESTOU PORQUE NÃO PODERIA DEIXAR DE DIZER QUE BOM QUE VOCÊ EXISTE, POR QUASE NADA VOCÊ NÃO EXISTIRIA, QUASE NADA, QUE MILAGRE É A VIDA MIRANDA, QUE GRANDE MILAGRE, VIU COMO É FORTE ISSO?
Miranda, estou sabendo que andam falando de você, querem te ver ou melhor querem te consumir, assim como eu confesso. Confesso que te quero como nunca pensei que fosse querer, Miranda, você é o meu fetiche mais bem realizado porque como todo bom fetiche não se realiza, se espera.... aiaiai Miranda, não vá fazer o favor de chegar e ai de você se não vier... Sei que é contraditório mas não se assuste tanto assim, faz parte da vida contemporânea: ser contraditório e ser contemporâneo. Já nem sei o que digo, você Miranda confunde meus pensamentos, fico tonta, tenho vontade de chorar, de gozar, de rir e lamentar, de me indignar, sei lá você me desconcerta Miranda e toda essa desorientação está me viciando, o que faço Miranda se eu me viciar em você? O que faço se eu desentender qual o nosso papel nisso tudo e querer chorar feito criança e cavalgar até os pirineus e procurar pelo senhor Alberto e lembrar do menino chamado Juca e do menino Liberano e das meninas Adassa, Helena, Fabíola e Flávia? O que eu faço Miranda se eu sentir uma saudade doída de você?