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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Espetáculo do Teatro Inominável apresenta quatro atrizes e um diretor tentando montar uma peça de teatro


Segunda temporada começa dia 4 de dezembro, na Rampa, Lugar de Criação

A jovem companhia carioca Teatro Inominável volta aos palcos do Rio de Janeiro com a segunda temporada de seu mais novo trabalho, o espetáculo, VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA. A peça propõe uma reflexão sobre o ato de criação de uma peça de teatro. Tanto o elenco de quatro atrizes (Adassa Martins, Fabíola Sens, Flávia Naves e Helena Cantidio) como o diretor do espetáculo (Diogo Liberano) estão em cena, atados numa busca ininterrupta pelo próprio espetáculo.

Iniciado em dezembro de 2009, o processo foi debruçar-se sobre fontes diversas com o intuito de investigar as etapas do que seria um processo de transposição para a cena dos meandros dramáticos de tais referências. Dentre os estímulos criativos destacam-se ESPERANDO GODOT do dramaturgo Samuel Beckett, filmes como DOGVILLE e CIDADE DOS SONHOS, respectivamente de Lars Von Trier e David Lynch, além do quadro AS MENINAS, de Diego Velásquez.

Por Alexandra Arakawa.

Durante o processo que durou cerca de sete meses, a equipe produziu uma dramaturgia na qual o teatro é o instrumento pelo qual as atrizes tentam se relacionar com o mundo e falar das questões que lhe são caras. A angústia existencial do ser humano lado a lado com a angústia criacional. O espetáculo começou como projeto curricular dentro do curso de Direção Teatral da UFRJ, do qual o diretor Diogo Liberano é graduando. Em seguida, cumpriu sua primeira temporada em setembro, no Teatro Glaucio Gill, obtendo um crescimento de público constante até o término das apresentações.

O diretor pontua: “VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA se configura como uma encenação que é a metáfora do nosso próprio processo de criação”. Na maioria das referências usadas como estímulos para o processo, observou-se um olhar sobre o ser humano marcado pelo absurdo da condição humana, pela angústia e esvaziamento dos valores, resultando num vazio existencial característico do homem contemporâneo. O esforço do Teatro Inominável foi o de tirar proveito do vazio, buscando sinalizar para a sua existência enquanto parte constituinte de todo e qualquer ser.

No blog do espetáculo (desesperandogodot.blogspot.com) é possível encontrar o relatório de cada um dos ensaios, além de artigos, vídeos, imagens e reflexões produzidas pela equipe durante o processo. De acordo com a proposta de encenação (também presente no blog), “não há nenhuma história aparente. Nada é dito. Tudo está para ser construído. O sentido de VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA está na busca do sentido. A peça é uma espera pelo olhar que a habitará e que se completa com a imagem do espectador”.
Serviço
VAZIO É O QUE NÃO FALTA, MIRANDA de Diogo Liberano. Comitragédia. Uma reflexão sobre o ato de criação de uma peça de teatro. Tanto o elenco como o diretor estão em cena, atados numa busca ininterrupta por aquilo que já se encontra ante ao espectador: o próprio espetáculo. Com Adassa Martins, Fabíola Sens, Flávia Naves e Helena Cantidio. Dir. Diogo Liberano. (60min). Rampa, Lugar de Criação (R. Sá Ferreira, 202 – Copacabana). Sab e dom, 20h. R$20. 16 anos. Até 19/12.
Local: Rampa, Lugar de Criação (R. Sá Ferreira, 202 - Copacabana - Na saída da estação General Osório)
Direção e dramaturgia – Diogo Liberano
Criação, dramaturgia e atuação – Adassa Martins, Helena Cantidio, Fabíola Sens e Flávia Naves
Atriz convidada – Dominique Arantes
Temporada: 4 a 19 de dezembro de 2010
Dias e horários: Sábados e domingos às 20h
Duração: 60 minutos
Ingresso: R$ 20,00 (vinte reais) e R$ 10,00 (dez reais) para estudantes e maiores de 60 (sessenta) anos
Lotação: 50 lugares
Classificação indicativa: 16 anos
Acesse: desesperandogodot.blogspot.com \ twitter.com/_inominavel