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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Encontro

São 01:31. As meninas (Ada, Fabíola, Flávia e Helena) estão começando a dormir. Estamos na minha casa, no Rio de Janeiro. Tivemos um encontro/ensaio para começar a se organizar para a segunda temporada do nosso espetáculo. Tomamos cerveja, comemos pizza e agora eu aqui, com a caneca cheia de café, tentando entender como algumas coisas podem ser tão potentes.

Não é um relato emocionado, apesar de ser. Não tem intenção alguma isso aqui, apesar de poder ter, no sentido de que as coisas vão sendo conquistadas e hoje o que temos só nos é possível porque nos permitimos ir, sem ver objetivo que não o presente, sem desejar nada além do instante. Do encontro.

Mais uma vez voltaremos para encontrar. Já não há dúvidas, ou como elas mesmas gostam de debochar em mim, não há questão. Chegamos para chegar, por isso chegamos. Encontramos você encontramos seu olhar encontramos o tempo juntos e dividimos mais que o espaço, dividimos o mesmo ar.

Que mistério é esse que nos envolve, né? Como é lindo isso que escolhemos - neste instante - ser. Não é? Eu me impressiono e quero conseguir ser de novo e outras vezes mais me assustar. Com a vida. Com o sorriso. Com o calor. Com a união e a divisão. Com o partilhar. Com o desenvolver-se no tempo e não estar pronto. Com o abrir para enfim, voar...

Ao redor de vocês, metáforas são possíveis. E a poesia é mais viva do que a própria vida. Quero continuar. Mas, por agora, encerro a escrita. Vou dormir com o peito aquecido. Vou domar o digitar e fazer silêncio para que todas possam sonhar. Amanhã cedo temos ensaio. São 01:39.

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Diogo Liberano