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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não há nada a ser feito

Princípio extenuado
Lugar perdido por todos os lados
Tudo vaza, cede, abala e condensa
Tentativas propensas nas nossas cabeças
Não há nada a ser feito

Levanto-me e começo a peça
Sem expectativa nenhuma
Sepultamento sequioso na primeira cena
Rápido e violento
Morte de um
Nascimento de outro
Germina-se Miranda
Admirada por nós pela sua divindade
Retorna-se por vezes e
Não há nada a ser feito

O porco é quebrado repentinamente
As palavras ganham massa e atravessam a cena
Somos inesgotáveis, mas
Não há nada a ser feito

Tenta-se de novo
Erra-se de novo
A cavalgada dirige-se aos Pirineus
Insisto mais uma vez
[ Se as atrizes pudessem pelo menos entender o meu jogo já seria de bom tamanho ]
Não há nada a ser feito

Somos pedaços
VELP-me?
Não há nada a ser feito

Tento uma ereção
A platéia debate-se entre nossas cabeças
Não há nada a ser feito

Improviso mais uma vez
Brinco de ser criança
Corro, giro e pulo corda
Somos insuperáveis
A criança surge
mas, e, portanto, todavia
...
Não há nada a ser feito.